A princípio, é necessário pontuar que, sim, a reciclagem de carros elétricos é mais difícil do que os carros convencionais. Isso porque a reciclagem comum de sucata é fácil, e os carros a combustão possuem grandes corpos de aço e peças fundidas de transmissão de alumínio.
Por outro lado, quando analisamos os componentes e minerais nos motores, percebemos que as baterias de carros elétricos são mais difíceis de separar, atrasando a reciclagem. No entanto, esse processo não é impossível. Aliás, por serem extremamente valiosos, a reciclagem de carros elétricos acaba valendo muito a pena.
Paralelamente, é necessário pontuar que a extração de lítio do solo – para fabricação de carros elétricos – pode subitamente acabar. No entanto, a reciclagem em circuito fechado dificilmente acabará. Em outras palavras, mesmo que seja mais difícil, a reciclagem de carros elétricos deve ser um tema essencial para montadoras e interessados na situação ecológica do planeta.
Sendo assim, JB Straubel, que ficou famoso por inventar o hardware significativo da Tesla, agora possui a sua própria empresa – a Redwood Materials – para começar a reciclagem de carros elétricos. Além disso, outras empresas já estão de olho no segmento para sair na frente da concorrência.
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A Northolt, uma das maiores empresas no fornecimento de baterias para carros elétricos na Europa, está criando uma usina de reciclagem. Por outro lado, a Renault está transformando a Flins, uma fábrica histórica de fabricação de carros, em um conglomerado para reciclagem de carros elétricos.
Lentamente, os processos de reciclagem serão aprimorados. Atualmente, existem dois sistemas para isso: a pirometalurgia que, ao usar calor, consome energia – que precisa ser renovável. E temos também a hidrometalurgia, que usa produtos químicos, ou seja, é necessário limpar os resíduos. Em ambos os casos, é esperado que a reciclagem de carros elétricos seja acelerada para combater problemas ecológicos de sua fabricação.
Reciclagem de carros elétricos já é uma realidade no Brasil
Nos últimos meses, a BMW Group Brasil, a metalúrgica Tupy e o Senai Paraná fecharam uma parceria para criar processos sustentáveis que garantam a recuperação de compostos químicos das baterias de carros elétricos.
Com investimentos iniciais de R$3,4 milhões, cada empresa trará conhecimentos específicos para os estudos dentro da sua área de atuação.
A missão da parceria é desenvolver a reciclagem de baterias de lítio por hidrometalurgia, sendo o processo mais ecológico para reciclagem de carros elétricos. Além de emitir menos gases de efeito estufa, ela também não depende grosseiramente da extração de minerais.
A iniciativa prevê um novo cenário para o uso de minerais reciclados na fabricação de baterias novas. Assim, a dependência de matéria-prima mineral primária seja consideravelmente reduzida. Com duração de 2 anos, é esperado que os primeiros resultados saiam ainda no primeiro trimestre deste ano.
Por fim, o projeto tem como missão a reciclagem de baterias de carros elétricos, para garantir a ressíntese do material ativo de uma bateria, para garantir 100% de reciclagem. Além disso, todo o processo deverá ser ecológico, para assegurar o potencial sustentável da iniciativa.